sábado, 24 de janeiro de 2009

contra cansado e cheio

Depois de gritar tanto, de conversar, de sussurrar, ficou calado. Depois de lutar contra todos, de lutar sozinho, de lutar contra si mesmo, ele parou. Defendeu enquanto aguentou. Suportou enquanto pode suportar. Depois por um momento observou. Não tinha dado em nada, não era nada. Depois de tanto esfoço, resolveu parar. Agora ele apenas anda sem direção, mas também não anda contra. Agora ele apenas fala, mas sempre no mesmo tom. Agora ele dedica sua força, sua mente, sua vontade à nada. Cansado, ele se rendeu. Sozinho não pôde dar conta.

Às vezes eu me canso... Na boa quero desistir de pensar de me indignar, mas não consigo...
Aí nessas horas, eu paro (para pensar) e decido continuar, as minhas revoltas e as minhas derrotas não significam quase nada, mas mesmo assim eu continuo, mesmo que ninguém as leiam.

Se conformar já é aceitar as coisas como são e se tornar igual.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Evolução

O engraçado é ver como algumas pessoas se dizem chocadas com a intolerância exercida na inquisição católica, na escravidão dos negros, nos campos de concentração nazistas da segunda guerra mundial e na ditadura militar. Uma linha do tempo marcada por pessoas ditas postas por um deus que as permitia ser maiores que as outras e de maneira violenta faziam valer suas vontades. Tudo isso realmente é muito chocante e inaceitável, causa revolta por parte da maioria das pessoas, mas o engraçado é ver que tais pessoas que se posicionam contra tais atos bárbaros, aceitam passivamente a exclusão por parte religiosa de grupos que eles mesmos julgam ser contra a vontade do seu deus, aceitam ou até mesmo participam de piadas ou preconceitos explícitos contra os negros dos quais seus antecessores mesmos escravizaram, até mesmo apóiam o uso violento da força policial para com pessoas marginalizadas que eles julgam ser uma ameaça a nossa tão democrática sociedade. O chocante mesmo é ouvir de pessoas que estudaram para lidar com outras pessoas idéias neo-nazistas, pregando abertamente o separatismo, discriminando grupos e regiões por seus hábitos e suas carências.

A intolerância, a ignorância e o preconceito nunca acabaram, só trocaram de roupa, uma mais discreta um pouco mais sutil, para do mesmo jeito obter a aceitação da maioria das pessoas.Mas apesar de tudo, alguns ainda vão seguindo assim, acreditando em uma evolução, em uma união, e finalmente em uma compreensão que ultrapasse a cor, a raça, as religiões, as regiões, o sexo, as opções e tudo que alguém possa escolher.

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"Quando olho para o céu, de alguma forma sinto que tudo vai mudar para melhor, que essa crueldade vai acabar e a paz voltará." - Anne Frank.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Chegando

Tô chegando agora no blog. Então não tenho nada meu ainda para publicar. Mas para começar por aqui, vou colocar uma descrição que a atriz Leona Cavalli faz do ser humano:

- Vejo o ser humano como luz em sua máxima expansão. E acredito que o adensamento dessa energia e a sua concentração em um corpo físico limítrofe seja o milagre da vida na terra. A corporificação do amor, em suas diversas possibilidades, encontros, movimentos e formas, relacionado com outras energias existentes, é o que chamamos de beleza, o milagre da vida na cena.