sexta-feira, 14 de setembro de 2012

De uma quinta feira qualquer


Vai ser simples, talvez às 18h de uma quinta feira, na fila de uma padaria qualquer do meu bairro. 
Leve, como a brisa fresca da manhã, a luz que entra pela janela do quarto, o correr da cortina pelo trilho, a água fria da torneira do banheiro, o edredon dobrado sobre a cama. 
Vai ser bonito, como um filme, dos anos 90, com jantar a luz de velas, sobremesa de creme -
 doce como a vida deve ser -, uma bela trilha sonora e efeitos na fotografia.
Bom, como andar de bike no fim de tarde, o pôr do sol entre as árvores do parque, os cachorros brincando na grama, crianças melecadas de sorvete.
Vai ser de verdade, com presentes de aniversário e festas de Ano Novo, mesa decorada, abraço depois da meia noite, flores brancas e uvas para darem sorte
Calmo, como envelhercer, sem perceber, deixando suas marcas devagar e contínuo, natural e certo como tudo que tem que acontecer.
Vai ser engraçado, motivos terão para sorrir. E se faltarem ainda haverá uma maneira de fazer cócegas.
A sensação de que tudo é possível.

Soluções


Chega de tanta cara fechada, tanto lenga lenga. Chega de 'tanto faz', de 'não sei' e 'depois a gente vê'. Chega de cansaço, de ódio à segunda feira e de sinal fechado.
Eu quero um 'bom dia', um sorriso exagerado e uma cerveja gelada. Eu quero uma brisa leve, fim de tarde e um abraço apertado.
Chega de tantos problemas, eu quero soluções.