segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Eu não quero mais

Eu não vou escrever sobre esse vazio ou sobre as minhas dores. Porque eu já não quero mais sentir isso.
Não quero publicar minha saudade e falta que eu sinto do que já passou. Já não quero mais viver de lembranças ou de um futuro que acabou.
Não vou gastar mais minhas horas em recordações que me consomem. Porque as horas não voltam mais.
Eu quero uma nova chance para começar de novo.
E se não for pedir muito que desta vez eu sofra menos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eu quase posso te tocar

Sinto saudades do que não tivemos. Sinto falta de um futuro que nunca existiu.
No meu peito tem um buraco do que você me tirou.
Sinto saudades das conversas sem porque, das garrafas vazias pelo chão.
Sinto falta do que ainda havia por vir.
Sinto saudades da dependência. Da nossa incoerência.
Na minha cama só mais um travesseiro, um espaço para esticar o braço mas sem ninguém para abraçar.
Sinto falta do seu gosto, do seu sorriso, do amor que a gente poderia ter tido.
Sinto saudade de me preocupar, das ligações de madrugada, cigarros divididos.
Eu quase posso sentir seu cheiro. Quase posso sentir sua respiração. Eu quase posso te tocar.

sábado, 1 de outubro de 2011

Quantas mentiras são necessárias para não chorar?


Mas o que foi?
Já acabou, só mais um adeus, um beijo no rosto?
Em minhas mãos só as lembranças que eu ainda consigo sustentar?
E quantas mentiras mais eu terei de inventar para não chorar?
Quantas justificativas erradas eu ainda posso me dar?
Eu já nem sei mais o quanto errei, o quanto eu tentei.
A janela ainda está aberta, o vento continua entrando. Mas a luz parou de brilhar.
Quanto tempo mais eu vou esperar, em pé ao lado da porta da sala?
Quantos cigarros eu vou gastar para combinar com a minha dor?
Eu já perdi minha voz chamando seu nome.
O que mais que eu perdi? O que eu não pude ver, o que te faltava?
Do que você precisava que em mim não conseguiu achar?
O que nós juntos não pudemos alcançar?
O carro ainda está na garagem, o tanque ainda está cheio, mas o destino da viagem já não existe.
Por que está tudo tão vazio?
Depois que essa chuva passar o que vai restar?
Pra quem é que o sol vai aparecer?
Se não é no meu sorriso que você vai se encontrar o que é que nós vamos então fazer?


♪ Ouça: Who you are - Jessie J