segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Se é no não que se descobre de verdade...

O que procuramos em alguém?
Talvez o que não está resolvido dentro de nós mesmo, para que assim de alguma maneira nos sintamos então resolvidos? Ou então procuramos o que nos falta, ou inconscientemente procuramos algo de nós mesmos, afinal de contas, se sabemos como somos e estamos com alguém como nós, então é fácil saber o que fazer (teoricamente sim).

Hoje acordei com uma questão na minha cabeça: Por que eu te amo?

Eu sei que amo. Agora só procuro o motivo.
Se amo pelo que me falta, talvez ame pela segurança que sinto vinda de você, se é pelo que me falta, talvez ame pela estabilidade, pela tranquilidade que vem de ti.
Se amo pelo que temos em comum, então fica mais fácil, amo pela sinceridade, amo pela vontade de amar, pelo amor que em mim sobra, amo pela verdade dos seus olhos que é igual a minha. Se realmente amo pelo que nos tem de igual, amo porque preciso amar, porque preciso compartilhar tudo que há em mim e por mim. Mas principalmente amo pelo desejo de ser feliz, que em você também ultrapassa qualquer outra coisa.
Ainda por isso, amo porque sei o caminho que você percorreu, conheci problemas parecidos, ainda que de maneira mais leve e menos dolorosa, por isso amo pela admiração da sua força, por tudo que você já passou e ainda assim continuar firme e confiante, amo pela sua fragilidade, pelos medos que ainda te atormentam, amo porque eu posso tornar eles menores...

Eu te amo de uma maneira que não se pode explicar, de uma maneira que por todos foi desacreditada, te amo na espera, te amo na fé, na vontade, da maneira exata do que me faltava, na verdade eu não sei porque te amo...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ele ainda não sabe.

Ele não sabe tudo que fez na minha vida, ele não sabe as noites que eu perdi de sono, para ficar imaginando o que fazia, com quem saia e se si divertia.
Ele talvez não saiba quantos sentimentos fez nascer em mim, isso ele não sabe ainda.
Não sabe quantas pessoas tive que ir contra para poder estar com ele. Ele realmente não sabe o tamanho da bola de orgulho que tive que engolir.
Com certeza não sabe do medo que eu tinha de perde-lo, da angústia que eu sentia por ele não dar notícias.
Os planos e todo o futuro que eu desenhei ao seu lado, talvez disto não saiba.

Mas o que ele realmente não sabe é do bem que me fez.
Não se deu conta de com ele eu voltei acreditar nas pessoas, que por ele eu permiti o amor, uma coisa que já tinha descartado a muito tempo, isso ele não sabe.
Ele não sabe que me ensinou novamente a esperar, a me preocupar, a zelar e a cuidar.
Ele não sabe que desde que me deixou eu aprendi mais ainda.
Que aquele vazio gigantesco que estava no meu peito está cada vez menor, ele ainda não sabe que de tudo que me deu o mais considerável foi me ensinar a me amar mais do que qualquer outra pessoa. Ele me mostrou ao me deixar que nunca devemos depositar nossos sonhos em outras pessoas, porque esses sonhos são só nossos.
Ele com certeza ainda não sabe o bem que me fez.
Talvez não saiba que agora sozinho eu encontrei o que eu mais procurava, eu encontrei a minha paz.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amor ou criatividade?


Hoje eu percebi que já não sei mais quase nada sobre coisas que julgava ter sob controle. É incrivel ver como nós passamos muito tempo formando opiniões, criando filosofias ou seguindo algumas que nos identificamos, procuramos justificar para nos consolar sobre tudo que achamos estar nos faltando, para do nada, simplismente da noite pro dia esquecermos tudo e cometermos os erros que nós mais condenamos nas pessoas que nos cercam...

Às vezes são situações que nos forçam a engolir nossas resoluções de vida e nossas convicções, às vezes é uma única pessoa que chega, não pede licença, atropela todos nossos planos, ocupa um enorme espaço no nosso dia, esgota todo nosso poder criativo, exige toda a nossa atenção e nos joga no meio de uma tempestade...

E depois a única coisa que nós conseguimos pensar é 'onde está eu? onde está tudo que eu acreditava? do que eu preciso agora?'
E não conseguimos achar respostas para nenhuma dessas perguntas, só vemos aquele bloqueio criativo, latente na imaginação em forma de uma grande parede branca vazia!
E ainda assim nossa cabeça e coração estão apenas concentrados em uma única pessoa.

Com certeza não faço parte do privilegiado grupo de pessoas que usam o amor como fonte inspiradora de criação, comigo ou é um ou é o outro, minha criatividade, não sabe conviver com a paixão, elas brigam e se sufocam.

Mas no fim há de se achar um meio. Um ponto exato onde haja equilibrio, onde tudo possa funcionar junto, porque eu da minha parte não abro mão de nada. Não abro mão da criação e nem do amor. Quero tudo para mim. Egoistamente.