quinta-feira, 29 de março de 2012

Sempre que houver verdade

 Não me encanta muitas palavras. Grandes declarações. Frases ensaiadas que rimam.
Não me encantam flores, chocolates, belos embrulhos. Não me encanta pela paisagem.
Me ganha nas pequenas coisas, pelo bom dia bem humorado pela manhã. Pelo sorriso de felicidade.
Me ganha nos pequenos gestos, na mensagem no meio do dia, dizendo que viu algo que te fez lembrar de mim.
Me encanta se ele lembrar do meu suco favorito. Se ele me der a mão. Se nós passarmos um tempo lendo apenas sentados um do lado do outro.
Me encanta se ele gostar dos mesmo filmes que eu. Se assistirmos uma maratona de alguma série. Se sairmos apenas para andar e conversar.
Me ganha se for educado. Se for gentil com o padeiro. Se disser obrigado.
Me encanta se ele for doce, se disser somente o necessário em voz baixa perto do meu ouvido. Me encanta se  me olhar.
Me ganha se for livre, se for bem resolvido, se o que tivermos for leve.  Me ganha se tiver vontade. Se beijar como se sempre fosse a última vez.
Me encanta se o abraço for apertado. A respiração for funda. E o desejo for grande.
Me ganha sempre que houver verdade. Sempre que houver paixão.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Promessas

Eu já fiz várias promessas a mim mesmo. E muitas delas eu não cumpri. Mas uma que eu me lembro ter feito há muito tempo eu venho mantendo, a de nunca aceitar o que tem no lugar do que eu gostaria que tivesse.
Não é preciso aceitar quem ou o que se tem quando isso não é o bastante para se sentir completo ou ao menos feliz.
Às vezes abrimos mão do que somos ou do que queremos para manter o que temos. Às vezes lutamos tanto para não deixar uma coisa que para nós parece importante e realmente é, que, não percebemos que desistir nem sempre é sinal de fraqueza. Desistir para começar de novo pode doer, mas não dói mais do que viver imaginando como seria se tudo fosse como queríamos.