sábado, 13 de abril de 2013

Quilômetros de distância

Mesmo depois de tanto tempo você ainda continua sendo a melhor coisa que eu já tive e é assim que eu quero te guardar, sem presente, só uma boa lembrança que o tempo vem diminuindo e transformando em apenas uma imagem, do último sorriso que eu vi seu, do último momento de felicidade que tivemos juntos. Tantos quilômetros depois não se pode achar o caminho de volta, porque ele já não existe mais.

- Memórias Públicas

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rotina



Alguém que me devolva os pés no chão quando o meu mundo estiver revirado, que me tire da rotina dos mesmo erros, que me ensine a ceder. Alguém que me lembre do perigo que reside em meus pensamentos, que acalme meus excessos, que me faça não ter mais medo. Alguém que me proteja de mim mesmo.

- Memórias Públicas

sábado, 6 de abril de 2013

Ele vai se cansar

Uma hora ele vai cansar de te procurar, de arrumar motivos ocasionais para te encontrar. Vai deixar de te mandar mensagens enganadas com histórias inventadas para poder ter oportunidade de trocar conversa. Vai perder o interesse nos seus amigos só para poder ter notícias suas. Ele vai cansar, não vai mais frequentar seus lugares preferidos para sem querer se esbarrar em você. Vai cansar dos filmes que ele assistia para ter algo em comum com você, não vai para o capítulo dois daquele livro que você indicou para ele. Ele vai perceber que nada vai adiantar, ele vai querer seguir em frente e quando essa hora chegar ele não vai mais voltar.

- Memórias Públicas 

Página em branco

Durante algum tempo fiquei insatisfeito comigo mesmo, achando que eu era culpado por não ter ninguém, por não me sentir como antes sentia. Durante um certo tempo alimentei uma solidão enorme dentro de mim. Embora folheasse diversas páginas no livro dos relacionamentos, me apegava apenas a uma vírgula ou no máximo a uma reticências do contexto da pessoa e transformava isso e parágrafos que justificavam a minha falta de interesse. Arrumei desculpas, transformei pingos em rabiscos que não me deixavam ver o que queriam me mostrar, tudo isso porque não entendia o que realmente queria. Porque na verdade o que eu queria era ser página em branco, livre, apenas ali esperando a hora que assim meio que sem perceber, alguém pudesse começar a escrever e quando eu me desse conta tempos depois eu estaria sendo história. 

- Memórias Públicas