terça-feira, 29 de maio de 2012

Sóbrio

Não sei ser sociável apenas por ser. Aquele que todos dizem: que cara gente boa. 
Não consigo disfarça meu desinteresse quando o assunto não é relevante.
Não controlo minha cara de tédio.
Não preciso sorrir para dizer que estou feliz ou chorar para perceberem o contrário.
Não é necessário estar sóbrio o tempo todo para enxergar claramente.
Você perceberá tudo que eu sinto sem precisar de muito esforço, só um pouco de atenção.
Não quero muitas palavras, só sua presença.
Só preciso de braços e uma janela aberta.
Eu só preciso de tempo.
Você só precisa prestar mais atenção.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Alguma Coisa Assim

Curta

quinta-feira, 24 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

É inverno outra vez


É inverno outra vez. É quando eu mais me lembro de você.
É quando me lembro do cheiro do café quente vindo da cozinha, a fumaça que subia e a cor da caneca.
O sol que entrava tímido entre as persianas.
É quando me lembro da cor das paredes do quarto, o tom de cinza que deixava tudo ainda mais calmo.
Das manhãs, do chão frio e o cabelo bagunçado.
Ainda consigo chorar com os mesmo filmes, hoje de saudades, sentindo sua falta.
Eu ainda posso ouvir a campainha, o entregador de pizza te dando o troco.
Eu ainda posso sentir seus pêlos nos meus, o seu toque leve, as noites que não pareciam ter mais fim.
Ainda sinto sua respiração, ofegante, no meu ouvido. Ainda sinto seu coração acelerado. Sua mão atrás do meu pescoço.
Seu corpo quente fazendo parte do meu.
Meus dias sem você são chatos, minhas tardes vem sem parar. O sol nem mais aquece e o cigarro queima sozinho.
As flores agora são de plástico e as janelas estão sempre fechadas.
É inverno outra vez, mas dessa vez a cama nunca está desarrumada e o meu peito está totalmente vazio. 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Gosto dos dias de chuva

Eu gosto dos olhos dele. De um castanho tão vivo que faz inveja a qualquer tom de azul.
Eu gosto dos lábios dele. Como ele os morde quando está constrangido. Como eles se movimentam quando ele fala. Mas gosto principalmente quando esses mesmos lábios me beijam.
Eu gosto da sua falta de atenção, desproposital, como ele observa o mundo. Como algumas coisas parecem nem lhe afetar.
Gosto da calma que tem a voz dele. Do tom baixo e de como fica roca facilmente.
Eu gosto do seu cheiro.
Gosto da sua desorientação pela manhã. Gosto de vê-lo lendo seus livros.
Gosto do seu gosto no fim da tarde. A fumaça que sai do chuveiro. Gosto da sua pele quente.
Gosto dele nos dias de chuva, de como ele sempre arruma uma desculpa para continuarmos na cama.
Eu gosto do andar dele, dos seus passos sempre tão confiantes, mesmo que não esteja confiante por dentro.
Gosto dele como em uma fotografia antiga, a luz amarelada me esconde todos seu defeitos, é como se nem existissem.
Gosto dele como em uma música, me envolve no seu som e nada mais importa e nem me distrai.
Gosto dele sinestesicamente, mesmo só vendo posso senti-lo, mesmo só  olhando posso toca-lo.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Starcrossed


Um curta bastante conhecido e muito emocionante - Starcrossed (Amor Contra o Destino)