segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O meu jeito de ser feliz

É preciso amar. Ter a certeza que isso é possível novamente.
Dar tudo que em mim há de mais bonito e que sobra. Minha atenção, me preocupar se tudo está bem. Mais do que isso, querer que sempre esteja bem. Dar motivos para ficar, nesses pequenos gestos gastar mais algumas horas e assim meio que sutilmente não querer mais ir. Ter alguém para quem possa voltar no fim do dia. E no calor de uma cama pequena me faça esquecer do que há lá fora.
Eu preciso amar, planejar o jantar, o café da manhã e nossas férias. Ler um livro no sofá, deitado no colo. Ouvir a respiração profunda e descansar. No meio da noite quando acordar com o barulho dos carros na garagem, sentir seus braços sobre mim, sorrir por dentro e voltar a dormir, na calma que só quem ama pode sentir.
Eu preciso amar, acordar todos os dias, olhar para ele e pensar 'como eu tenho sorte de ter um cara assim', não ter receios, nem segredos. Dizer o que sinto, quando sinto, sem querer ouvir nada em troca, mas se ouvir que é recíproco, não precisar de mais nada. Eu preciso amar, porque eu já descobri que esse é o único jeito que eu tenho de ser feliz.


- Memórias Públicas

domingo, 1 de setembro de 2013

Sem título

Depois de tanto tempo escrevendo sobre saudade, já não mais do que sinto falta e do que apenas poetizei. Tento saber se era tudo verdade em absoluto ou se suavizei as memórias. Se apenas colori imagens que   eram preto e branco. Se coloquei trilha sonora no que era apenas silêncio de um filme mudo. Sem a certeza que vivi o que escrevi. 
Mas de qualquer forma sendo ficção ou autobiográfico, ficou para trás. Abri um novo capítulo dessa história, sem frases pensadas, sem bordas nas páginas, sem um título definido. Só com uma ideia, de ser o presente. Escrito a lápis, para que possa ser mudado no final quantas vezes forem preciso.  

- Memórias Públicas